Em 01 SET 2022
O documentário “Muxima”, realizado em Angola e produzido por Juca Badaró e Renata Semayangue, moradores de Lençóis, na Chapada Diamantina, está concorrendo ao Prêmio Porta Curtas do Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, o Kinoforum, maior do país nessa categoria. O filme, que já circulou em dezenas de festivais de cinema do Brasil e do mundo, ganhou este ano o Prêmio de Melhor Roteiro de Documentário do Festival de Cinema de Vassouras no Vale do Café, no Rio de Janeiro.
“Muxima” foi gravado durante as manifestações religiosas que ocorrem no Santuário de Nossa Senhora da Muxima, a cerca de 120 quilômetros de Luanda, capital de Angola. Todos os anos, entre os meses de agosto e setembro, mais de um milhão de católicos visitam o local para reavivar a fé na Virgem Maria. Desde 1833, após uma suspeita de aparição da santa naquela região, Muxima é o lugar mais importante da peregrinação de Angola. Em 1924, a igreja, construída no local, foi considerada como um monumento histórico do país africano. O documentário acompanha os ritos religiosos e estabelece um paralelo entre a manifestação da fé católica e a colonização portuguesa em Angola.
Diretor e roteirista de “Muxima”, Juca Badaró produziu outros cinco filmes, entre ficção e documentário, com destaque para o longa-metragem “As Cores da Serpente”, também rodado em Angola, que foi indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em 2020. “As Cores da Serpente” foi o primeiro documentário gravado em Angola a entrar no circuito comercial do cinema brasileiro, onde foi exibido em seis capitais do país. Desde 2017, Juca Badaró coordena, junto com Renata Semayangue, o Cineclube Fruto do Mato, em Lençóis, na Chapada Diamantina.
Saiba mais: https://portacurtas.org.br/filme/default.aspx?name=muxima72489