Biodiversidade

A Chapada Diamantina é um lugar abençoado pela mãe natureza, com diferentes tipos de vegetação, como a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica. Sua biodiversidade, com ampla variedade de espécies endêmicas protegidas por dezenas de Unidades de Conservação, impressiona até os especialistas e viajantes do mundo todo!

Fauna

A variedade de biomas da região serve de berço a inúmeras espécies. Biólogos e pesquisadores afirmam que a Chapada Diamantina possui quase todos os tipos de animais do país, com exceção das espécies exóticas como o tucano e o lobo-guará. Embora existam poucos estudos sobre o assunto, sabe-se da existência de tatus, veados, porcos do mato, raposas e capivaras, além de grandes felinos, como a onça e a sussuarana.

Os animais mais avistados nas trilhas da região, sem dúvidas, são os lagartos. Existem cerca de 18 tipos deles na Chapada Diamantina, incluindo a menor e a maior espécie do país: o Coleodactylus meridionalis e o Tupinambis teguixim, conhecido como Teiú. As aves são presenças marcantes. São mais de 300 tipos, como o beija-flor-gravatinha-vermelha (Augastes lumachellus), espécie exclusiva e considerada o símbolo da Chapada Diamantina, que reside em áreas superiores a mil metros de altitude. As serpentes também estão presentes, por isso é tão importante estar sempre acompanhado de um condutor de visitantes, que saberá como proceder caso um encontro aconteça.

Flora

A geografia vasta e particular da região criou uma vegetação rica e diversifi cada, onde são encontradas florestas densas, áreas alagadas, caatinga e áreas de transição. 

Vegetação

Neste imenso mosaico de formações naturais com predominância de plantas rasteiras está um dos ecossistemas mais ricos do mundo, superando a diversidade de espécies encontradas na Floresta Amazônica. Tem alto grau de endemismo e variedade florística. São centenas de tipos de plantas entre orquídeas, bromélias, cactos, sempre-vivas, begônias, ervas, plantas carnívoras, entre muitas outras. 

Árvores

 Aroeiras, Barrigudas, Cactus, Carnaúbas, Catingueiras, árvores de porte médio, retorcidas e espinhosas marcam a paisagem da Chapada Diamantina em toda a sua extensão. Nas áreas mais preservadas, onde a Caatinga predominante se encontra com resquícios de Mata Atlântica ou Cerrado, destacam-se árvores de grande porte, como Cedros ou Canjeranas, Angelins, Paus d’Arco, Copaíbas e Quinas. 

Flores

Pequenas e delicadas sempre-vivas, orquídeas coloridas e bromélias gigantes podem ser observadas pelas trilhas e jardineiras que enfeitam as cidades da Chapada Diamantina. Na cidade de Mucugê, destaca-se a variedade endêmica singonanthus Mucugensis Giulietti, quase extinta, o que motivou a criação do Projeto Sempre Viva, em 1999, a fim de estudar e preservar a espécie. Em Palmeiras, aos pés do Morro do Pai Inácio, pode-se visitar o Orquidário. Em Morro do Chapéu há algumas floriculturas onde podem ser encontradas a rara “Rosa do Deserto”. A cidade é reconhecida por ter uma das mais altas concentrações de bromélias de todo Brasil. 

Atenção! 

Remover plantas das trilhas é uma infração ambiental sujeita a multa. Cada uma delas tem um papel especial na biodiversidade local. Além disso, no Parque Nacional há espécies ameaçadas de extinção. Lembre-se: se cada turista levar uma muda para casa, em pouco tempo, haverá desequilíbrio na natureza

Águas

A região abriga 80% das nascentes que abastecem o estado da Bahia, incluindo a capital. É aqui que nasce o maior rio totalmente baiano – com mais de 600 quilômetros de extensão -, o Paraguaçu. Ele deságua na Baía de Todos os Santos. Sua bacia ocupa 55.000 km2, o que corresponde a 10% do território do estado. Além dela, a Chapada Diamantina também abriga as nascentes dos Rios das Contas, Paramirim, Salitre e Jacaré e alguns afluentes do Rio São Francisco, um dos mais importantes do país. 

A cor das águas

É muito comum que os visitantes perguntem qual a razão da maioria dos poços terem águas tão avermelhadas ou quase negras. Isso ocorre devido à densa vegetação existente onde os rios nascem, resultando em uma grande quantidade de matéria orgânica, como restos de folhas, galhos e raízes levados pelas chuvas. É como se fosse um imenso “chá de floresta” que a natureza nos oferece para tomarmos um banho revigorante após as caminhadas. As águas azuis também chamam a atenção. Atrativos como a Gruta Azul, o rio Pratinha, Poços Azul e Encantado, quando iluminados pelo Sol, emitem uma coloração azulada proveniente de um tipo de dispersão da luz pela água. 

Espumas

É comum encontrar uma espécie de espuma nas laterais dos poços ou entre pequenas quedas d’água nos cursos dos rios. A textura grossa de cor esbranquiçada ocorre devido à intensidade do atrito das águas, somada à alta concentração de matéria orgânica presente no leito e margens dos rios. 

Qualidade

O Parque Nacional abriga um grande número de nascentes, distantes das concentrações urbanas e industriais, por isso oferece banhos de rio em águas limpas. No seu entorno é recomendável se informar sobre a qualidade da água antes de utilizá-la para consumo ou recreação.

Fique ligado(a):

Ao mesmo tempo que os rios e poços nos oferecem diversão e relaxamento, é sempre bom se lembrar que a natureza se altera com grande rapidez. Por isso, em períodos de chuva, fi que alerta quanto ao volume de água dos poços e nunca acampe às margens dos rios.

Rochas

A história geológica indica que a cada centena de milhões de anos eventos diversos causaram transformações intensas na região. Pesquisas indicam que as formações geológicas da região têm cerca de 1,8 bilhão de anos e se originam de uma falha na Crosta Terrestre, que afunda o terreno e permite a fuga de magma, originando inúmeros vulcões. 

Estromatólitos e dobras geológicas

Nas rochas encontram-se os primeiros indícios de vida na região: os Estromatólitos (fósseis originados da ação de bactérias no fundo de mares primitivos). Estas formações podem ser encontradas em Morro do Chapéu. As dobras geológicas avistadas na trilha para a Cachoeira do Sossego, em Lençóis, são um retrato dos movimentos tectônicos, assim como as encontradas no leito do rio Garapa, em Andaraí. 

O sertão que já foi mar

Há indícios da invasão de águas marítimas 1,7 bilhão de anos atrás. Posteriormente, como resultado de movimentos tectônicos, o surgimento de dobras elevou a região e expulsou as águas do Mar do Espinhaço, dando origem ao Deserto do Tombador. Um novo afundamento teria feito o mar invadir novamente a região, sendo ocupada pelo Mar Caboclo. As transformações na paisagem continuam com a entrada da Terra na Era Glacial. Há 850 milhões de anos, geleiras desciam da Serras de Jacobina, causando erosão e acúmulo de sedimentos. Com reaquecimento da terra, o nível do mar volta a subir, criando o surgimento do Mar Bambuí, de águas mornas e cristalinas, propício para formação de carbonato de cálcio. Há 600 milhões de anos, movimentos tectônicos voltam a comprimir a região, elevando as rochas e expulsando as águas marítimas. Os conglomerados diamantíferos foram trazidos da Serra de Jacobina e carregados por rios que cruzavam a região. 

Para saber mais sobre a geologia da região, acesse: www.caminhosdobrasil.com.br

Você sabia?

No Vale do Pati, o solo argiloso e fértil deve suas características ao Mar Espinhaço. Os calcários do Mar Bambuí justifi cam as formações encontradas nas cavernas da Torrinha e do Poço Azul. Os conglomerados do Parque Municipal da Muritiba, em Lençóis, são de seixos desprendidos há mais de 1,5 bilhão de anos.


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