A Chapada Diamantina é sinônimo de biodiversidade, beleza cênica e águas que sustentam vidas. Há exatamente 40 anos, em 17 de setembro de 1985, nascia o Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD), criado pelo Decreto nº 91.655 com a missão de proteger os ecossistemas da Serra do Sincorá e garantir a preservação de suas nascentes. É dessa região que brota o rio Paraguaçu, o mais importante da Bahia, que abastece cidades inteiras, inclusive a capital Salvador, além de manter viva uma rica herança histórica e cultural.
Com 152 mil hectares, o Parque é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão que desempenha papel fundamental na proteção ambiental do país. De suas montanhas e vales nascem rios de águas cristalinas, que alimentam centenas de quedas d’água. Além de abrigar sítios arqueológicos e uma geologia de tirar o fôlego, o PNCD é um verdadeiro laboratório natural: a cada ano, novas espécies de plantas e animais são descobertas, reforçando sua importância como banco genético para a ciência.

Fauna local. Foto: Pedra Lascada Expedições
Nova espécie de aranha rara descoberta na Chapada Diamantina
Presente em seis municípios — Andaraí, Lençóis, Mucugê, Palmeiras, Ibicoara e Itaetê —, o Parque se tornou referência para o ecoturismo e a pesquisa. O acesso a seus atrativos, como a imponente Cachoeira da Fumaça, é geralmente feito por trilhas, garantindo uma experiência de imersão na natureza e contato direto com a força da vida silvestre.
O Parque Nacional da Chapada Diamantina é uma área estratégica para a conservação da avifauna regional, sendo também ponto de descanso para aves migratórias. Toda a sua área é drenada pela Bacia do Paraguaçu, e quase todos os rios que o compõem nascem dentro da Unidade de Conservação. Isso garante a pureza das águas e reafirma a relevância da proteção das nascentes para o futuro da Bahia.

Foto: Pedra Lascada Expedições
Além do PNCD, a região conta com a APA Marimbus-Iraquara, que preserva outros atrativos naturais, como os Morros do Pai Inácio e do Camelo, o Poço do Diabo, a Pratinha e grutas como Lapa Doce e Torrinha. Esses cenários complementam a grandiosidade do Parque e tornam a Chapada Diamantina um dos destinos mais desejados do ecoturismo brasileiro.

Poço do Diabo. Foto: Pedra Lascada Expedições
Cuidar de um patrimônio tão vasto exige esforço conjunto entre poder público, comunidades locais e visitantes. Por isso, a educação ambiental é peça-chave para fortalecer a consciência coletiva sobre a importância de conservar as águas, a fauna e a flora que fazem da Chapada Diamantina um santuário único.

Sempre-viva. Foto: Pedra Lascada Expedições
Celebrar os 40 anos do Parque Nacional da Chapada Diamantina é mais do que relembrar sua criação: é renovar o compromisso com a preservação, garantindo que as próximas gerações também possam se encantar com suas paisagens e se beneficiar de suas águas cristalinas.
Parra celebrar os 40 anos do Parque Nacional, a equipe gestora do ICMBio planejou, em parceria com instituições locais, brigadas de resgate ambiental e poder público, uma programação que envolve atividades educativas, exposição fotográfica e lançamento de podcast.
Foto de destaque: Rolê Família
por Redação Flora em 17/09/2025.