Principais atrativos da Chapada Diamantina não foram afetados pelos incêndios

 

Ribeirão do Meio, em Lençóis. Foto tirada dia 28/11. Crédito: Savi Café e Hospedagem

Ribeirão do Meio, em Lençóis. Foto tirada dia 28/11. Crédito: Savi Café e Hospedagem

Os principais atrativos turísticos e roteiros continuam abertos à visitação e com operação regular pelas agências de turismo e Associações de Condutores de Visitantes locais (ACV’s).   “É importante salientar que a Chapada Diamantina é gigante e que os principais roteiros turísticos não foram atingidos. Estamos operando normalmente”, comenta Rogério Câmara, sócio da Agência Nas Alturas.

Dentre os roteiros feitos atualmente pelas agências e ACV’s locais, inclui-se o Vale do Pati, considerado um dos melhores trekkings do mundo; o trekking da Fumaça por baixo, que pode ser feito em dois ou três dias; e ainda as pouco conhecidas cachoeiras Roncadeira, Encantada, Herculano e Invernada, no município de Itaetê, na parte Sul da Chapada.

Atravessando 24 municípios baianos e com um Parque Nacional (área de conservação protegida por decreto federal) que ocupa cerca de 152 mil hectares, a Chapada Diamantina possui mais de 300 cachoeiras catalogadas e cerca de 150 grutas e cavernas. Uma área equivalente a Holanda. Grandiosidade esta que contribuiu para a preservação da maioria dos atrativos naturais e, consequentemente, dos roteiros turísticos.

Trekking do Vale do Pati, Foto: Caiã Pires

Trekking do Vale do Pati. Foto: Caiã Pires

Segundo Marcela de Marins, Analista Ambiental do Instituto Chico Mendes (ICMBio), órgão responsável pela gestão do Parque, os incêndios ocorridos em novembro causaram uma movimentação na internet nunca antes vista, o que gerou falha de comunicação e algumas informações equivocadas. “A porcentagem da área atingida pelo fogo no PNCD, por exemplo, foi na verdade de 5,2%, o equivalente a 7.909 hectares, e não de 30% como havia sido divulgado. E mesmo se fôssemos somar todos os incêndios florestais que aconteceram durante o ano de 2015, desde janeiro até agora, a área atingida não passaria de 15.000 hectares”, comenta. A estimativa foi realizada a partir da análise de imagens dos satélites Aqua e Terra e de reconhecimentos aéreos e terrestres. Estes satélites possuem sensores termais que identificam a temperatura de áreas que tenham tamanho mínimo de 250m x 250m. Incêndios de pequenas dimensões podem não ser identificados e reconhecidos por esta metodologia.

Gruta da Pratinha, em Iraquara. Foto tirada dia 29/11. Crédito: Dário Campos

Gruta da Pratinha, em Iraquara. Foto tirada dia 29/11. Crédito: Dário Campos

Prevenção

Augusto Galinares, presidente da Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis (BRAL), uma das associações voluntárias que trabalharam arduamente no combate aos incêndios no mês de novembro, conta que nas próximas semanas haverá uma série de reuniões entre os membros técnicos da entidade para organizar ações de reflorestamento das áreas atingidas, além da discussão de projetos de conscientização e prevenção. O Projeto – Programa de Proteção da Água, Biodiversidade e dos Estoques de Carbono do Parque Nacional foi entregue ao Ministério Público Estadual no dia 20 de novembro e já está em análise.

Pela internet, os interessados poderão contribuir assinando a petição online que exige da Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia (SEMA), através do secretário Eugênio Splenger, o monitoramento dos incêndios florestais na Chapada Diamantina. Outra forma de ajudar é compartilhando o post.

 

Imagem em destaque: Cachoeira do Calixto – Vale do Pati / Foto: Caiã Pires

 

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